Depois de dois dias de paralisação, o elenco profissional do Avaí retornou aos treinamentos na manhã desta quinta-feira (13), escancarando mais uma vez a grave crise que atinge o clube. Os jogadores haviam suspendido as atividades na terça e na quarta-feira em protesto contra a série de atrasos e pendências financeiras acumuladas pela diretoria.
Segundo informações apuradas junto ao elenco, o grupo cobra dois meses de salário CLT em atraso, além de seis meses de direitos de imagem não pagos — situação que coloca o clube entre os piores cenários do futebol brasileiro em termos de gestão. Somam-se ainda o prêmio de campeão catarinense, que até agora não chegou ao bolso dos atletas, e os bichos referentes à Série B, igualmente não quitados.
Apesar do ambiente de insatisfação generalizada, o técnico Vinícius Bergantin retomou o comando das atividades em campo reduzido, tentando organizar minimamente uma preparação para enfrentar o Remo neste sábado, às 16h30, na Ressacada. O treino, porém, ocorreu sob um clima de desconfiança, revolta e descrença com a condução administrativa do clube.
Enquanto o Avaí tenta treinar, a crise fala mais alto. A rotina do futebol profissional — que deveria estar focada no último compromisso da temporada — virou palco de incerteza, promessas não cumpridas e uma diretoria que, ao que tudo indica, perdeu completamente o controle da situação.



